Este trabalho visa subsidiar a aplicação de políticas de reforço de ativos dos pobres. Visamos, mais especificamente, analisar o desenho e a aplicação de políticas de microcrédito produtivo popular no Rio de Janeiro. Utilizamos como base de dados a pesquisa sobre atitudes e recursos empresariais realizada na comunidade da Rocinha em 1997.

A pesquisa é resultado da parceria entre Ação da Cidadania, Serviço Social do Comércio (SESC) e Fundação Getulio Vargas (FGV). O estudo, financiado pelas três instituições, é uma versão atualizada do seu homônimo sobre a miséria no Brasil, divulgado pela FGV em 2001.

Abordamos o que talvez seja a pior forma de destituição: a insuficiência de renda para se comprar uma cesta de alimentos que cubra minimamente necessidades calóricas básicas. Calculamos o custo do fim da fome de forma espacialmente desagregada de forma a contribuir para o aperfeiçoamento de políticas de combate à pobreza. Em particular, insistimos na proposição de que os governos, em geral, se comprometam com a trajetória de indicadores sociais palpáveis da mesma forma que o Banco Central o faz em relação às metas inflacionárias.