A crise brasileira e o aumento da pobreza foram temas de diversas matérias nacionais e internacionais
O “The New York Times” publicou reportagem mostrando o aumento da desigualdade no Brasil. O Diretor do FGV Social, Marcelo Neri, foi entrevistado para a matéria e mostrou que “a grande vítima (da recessão) é a população extremamente pobre, com pouca escolaridade, negra, que vive no norte/nordeste e nas periferias das grandes cidades”.
Os dados do FGV Social também foram usados na matéria “Ricos do Brasil 'apertam' seus cintos Gucci” da Bloomberg. A reportagem revela como a crise tem impactado os mais ricos. Analisando os dados de “felicidade” do brasileiro, o diretor do FGV Social mostrou que os ricos estão menos descontentes do que o resto da população. Em uma escala de 10 pontos, os 20% mais ricos do país viram seu índice de felicidade cair de 7,5 para 7,0 entre 2013 e 2018. Em contrapartida, o sentimento de “depressão” da população em geral aumentou quase o dobro dessa taxa (7,1 para 6,2) durante o mesmo período. A matéria foi publicada em inglês pela Bloomberg e republicada em português por diversos meios como a Revista Época, Exame, BOL, UOL, etc.
No Brasil, Neri foi entrevistado pelo “O Povo” de Fortaleza nas “Páginas Azuis” do jornal. Temas como previdência, ajuste fiscal, bolsa-família, educação, além de perspectivas para o futuro da nação, foram debatidos na entrevista. O Diretor do FGV Social também foi entrevistado pela “Agência Nossa”. A reportagem repercutiu em meios de diversos estados brasileiros. Entre outros pontos, a entrevista mostrou que “em 2030, quando vence o prazo para o cumprimento da primeira meta de desenvolvimento sustentável — erradicar a pobreza extrema –, o Brasil deve no máximo retornar ao patamar de antes da crise, projeta Neri. Foi quando o Brasil conseguiu sair do mapa da fome. Na ocasião o país superou com folga a meta do milênio que era reduzir a pobreza à metade num prazo de 25 anos. A implementação do Bolsa-Família para milhões de famílias acelerou esta tarefa no começo do milênio e inspirou outros países a fazerem o mesmo. Mas do final de 2014 a 2017, os indicadores dispararam, seja qual for o critério adotado para a definição de pobreza. ”
Na TV, o Canal Futura promoveu o debate sobre o aumento da desigualdade no “Conexão Futura”. O programa mostrou o aumento da desigualdade, que já está em alta há 17 meses, segundo dados do FGV Social. O crescimento da desigualdade já foi tratado pelo FGV Social em diversas reportagem (no ano passado foi lançada a pesquisa “Qual foi o impacto da crise sobre a pobreza e a distribuição de renda?”). Recentemente, o jornalista Ancelmo Gois publicou uma notinha com novos dados do FGV Social: “A economia tem produzido muita notícia ruim. O PIB per capita trimestral, por exemplo, foi de miúdos 0,2% nos últimos quatro trimestres. Talvez por causa disso, passou despercebido, segundo Marcelo Neri (FGV Social), o crescimento da renda média do trabalhador brasileiro, de 2,6% no mesmo período. “Isso talvez ajude a entender por que o consumo das famílias cresceu 0,6%, funcionando como uma boia de salvação da economia”. O que atrapalhou foi o aumento da desigualdade, em 1%. “Ou seja: os trabalhadores mais pobres, que gastam mais, perderam mais”.