Centro de Políticas Sociais

RESUMO

O trabalho embasa duas propostas de política pública para aumentar a produtividade próximo a base da distribuição de renda. A primeira altera as regras de pagamento do abono salarial a fim de aumentar o incentivo ao trabalhador de manter o mesmo posto de trabalho ao longo do tempo. A segunda proposta é a conversão de parte do abono salarial em vouchers de forma a incrementar a oferta de cursos técnicos para ocupados com carteira nesta mesma faixa salarial. O público-alvo do abono salarial aqui revelado é mais fortemente integrado por jovens, negros e mulheres com nível relativamente mais baixo de escolaridade, mais propensos a conciliar trabalho e estudo, porém cada vez menos envolvido na educação formal e mais engajado em cursos de qualificação profissional. Sua rotatividade no emprego é bem mais alta, com vínculos que perduram, em média, pouco mais que 1,5 mês além do ciclo anual de concessão do abono e totalizam menos da metade do tempo observado entre empregados mais bem pagos. Os resultados servem de subsídios a uma política que permita associar o abono a maiores investimentos na obtenção de qualificação profissional e menor depreciação do capital humano específico associada à alta rotatividade empregatícia, que possa se traduzir em ganhos em produtividade, em maior qualidade dos vínculos empregatícios e num maior ritmo de expansão da renda ao longo do tempo.

REFERÊNCIAS
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CORSEUIL, Carlos Henrique L.; NERI, Marcelo C. Subsídios Empíricos para Proposta de Redesenho do Abono Salarial e de Cursos Profissionalizantes para Empregados Formais de Baixa Renda. 2013. FGV Social. Disponível em: <https://cps.fgv.br/subsidios-empiricos-para-proposta-de-redesenho-do-abono-salarial-e-de-cursos-profissionalizantes>