Miséria, Desigualdade e Políticas de Renda: O Real do Lula
Sobre a pesquisa:
A pesquisa avalia a evolução da distribuição de renda e da pobreza e dos seus determinantes com especial destaque as políticas de rendas adotadas nos últimos 15 anos. Trata-se do primeiro trabalho de análise disponibilizado a partir do processamento dos microdados da ultima PNAD do IBGE. Trabalho quase homônimo do Centro de Políticas Sociais lançado na mesma época em 2006 indicou duas marcantes mudanças de patamar de miséria: no biênio 1993-1995 e no período 2003-05, que foi batizado na pesquisa de "Segundo Real". A novidade da presente pesquisa é que 2006 não só dá seqüência às conquistas observadas desde a piora da pobreza de 2003, revelada pelo CPS, como também constitui o melhor ano isolado da série histórica da nova PNAD com queda de 15% da miséria. Em 2006, tivemos um crescimento do PIB per capita comparável ao do Haiti (2,3%) enquanto o da renda domiciliar per capita calculada em primeira mão a partir da PNAD pelo Centro de Politicas Sociais FGV é de 9.16%, mais próximo a um crescimento chinês. Olhando a distribuição de renda, os 50% cresceram o seu bolo em 12% e os 10% mais ricos em 7.8%. Ou seja, o bolo cresceu para todos mas com mais fermento entre os mais pobres. A pesquisa revela como o crescimento se distribuiu entre os diferentes grupos sócio-econômicos, abrindo os canais de como as políticas públicas do período recente como a expansão do bolsa família, insustentáveis reajustes do salário mínimo e a reversão trabalhista, impactaram diferentes fontes de renda. O sítio da pesquisa conta com amplo banco de dados amigável e análises associadas incorporando séries como a nova PNAD 2006 sobre a evolução de estatísticas sociais baseadas em renda em diferentes estratos da população, abertos por características espaciais (estado , região metropolitana, etc), características pessoais (escolaridade, sexo, raça etc) e econômicas (ocupação, favelas etc). A pesquisa analisa a magnitude e os determinantes de flutuações sociais associadas ao calendário eleitoral, realiza monitoramento das metas do milênio, traça cenários de de indicadores sociais para o futuro e destrincha os mecanismos de transmissão de ciclos sociais proporcionados por políticas de renda sintonizadas no calendário eleitoral.