FGV Social lança a pesquisa "Jovens - Projeções Populacionais, Percepções e Políticas Públicas"

02/06/2021

Num projeto intitulado Atlas das Juventudes, a representação espacial ocupa papel de destaque. Enfatizamos aqui nas mudanças e nos níveis de população e percepções da juventude brasileira vis a vis a global e a local. 

Após manter-se por quase duas décadas com pouco mais de 50 milhões de jovens de 15 a 29 anos de idade, em níveis sem precedentes na história do país, o Brasil verá sua população nessa faixa etária voltar para baixo desse patamar a partir de 2021. O contingente jovem brasileiro pode chegar ao fim do século reduzido quase à metade de sua magnitude atual, diminuindo as possibilidades da prosperidade da nação. O Brasil não desce a onda jovem sozinho. Até 2060, o percentual de jovens vai diminuir em 95% dos 201 países com projeções populacionais. Atualmente, o Japão tem o menor percentual de jovens do mundo (14,7%), seguido de perto por Itália (15%), Espanha (15,3%), Grécia (15,9%) e Portugal (15,9%).

Entre as unidades da federação brasileira, o percentual de jovens é variado. O maior percentual de todos é observado no Amapá (29,1%), seguido de outros estados das regiões Norte. No extremo oposto, os menores percentuais de jovens estão no Rio de Janeiro (22,1%), Rio Grande do Sul (22,1%) e São Paulo (22,2%), seguidos por outros estados do Sul e Sudeste. A cidade mais jovem é Pracinha em São Paulo com 48,2% bem superior a Maldivas 32,67% (1o em 197 países). Cidade menos Jovem é Mato Queimado no Rio Grande do Sul com 11,99% bem menos que o Japão (país - jovem).  Dos 20 municípios menos Jovens 18 são gaúchos.

Exploramos pesquisas sobre aspirações e avaliações dos jovens em escala global o que permite diferenciar a visão do jovem brasileiro. Captar também as novas direções seguidas na pandemia. A autoavaliação geral da felicidade dos jovens brasileiros captada pela média de satisfação com a vida no presente numa escala de 0 a 10 era 7,2 em 2013-14 e sofre uma queda para 6,7 em 2017-18. Este movimento de queda tem continuidade durante a pandemia passando de 6,7 em 2019 para 6,4 em 2020. Uma queda de 0,8 pontos como a ocorrida no Brasil, figurava como a 3ª mais alta em 132 países.  O nível 6,4 é o mais baixo da série brasileira de satisfação com a vida.  Além da avaliação geral da vida, abordamos emoções do dia a dia da juventude. Indicadores positivos (alegria) e negativos (preocupação e raiva) pioraram sobremaneira na grande recessão e em 2020 na pandemia. Indicadores negativos pioraram também em 2019, esta é a diferença a ser ressaltada. 

Focamos aqui no estado de variáveis que ocupam lugar de destaque na agenda dos jovens como educação e meio ambiente. 41% dos jovens entre 15 e 29 anos estão satisfeitos com o sistema educacional em 2020 o menor nivel da série. Houve queda 375% maior no Brasil que num grupo de 40  paises entrtevistados durante a pandemia que funcionam como um grupo de controle. A proporçao de jovens brasileiros satisfeitos com os esforços empreendidos com a preservação do meio ambiente cai de 33,1% em 2015-18, para 27% em 2019 e depois 19% em 2020.  

Visite o site da pesquisa sobre "Projeções Populacionais" em https://cps.fgv.br/JovensPop
Visite o site da pesquisa sobre "Percepções e Políticas Públicas" em https://cps.fgv.br/JovensPercebe 


Mais informações
(21) 3799-2320 / marcelo.neri@fgv.br