MUDANÇAS DE DESIGUALDADE, RENDA E BEM-ESTAR NA INTEGRAÇÃO DA PNAD CONTÍNUA COM DADOS DO IMPOSTO DE RENDA (2012-2020) - Neri, Marcelo Cortes, HECKSHER, Marcos

Julho/2023

Sobre o paper: 

Resumo: A desigualdade de renda no Brasil é ainda maior do que o imaginado. O índice de Gini resultado da imputação aos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) interpolados de tabulações padronizadas do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), chegou a 0.7068 em 2020, bem acima dos 0,6013 calculados a partir da apenas da PNADC. O IRPF consegue captar melhor a renda proveniente do ganho de capital, como os lucros no mercado financeiro ou das empresas, por isso traz mais realismo para o rendimento dos mais ricos. Se a fotografia da desigualdade de renda é alta, o filme de mudança na pandemia é de piora. Mesmo com o Auxílio Emergencial que preservou a renda dos mais pobres a desigualdade não caiu em 2020 como se acreditava pela PNADC. Isso porque os ganhos dos mais ricos teve desempenho muito melhor que o da classe média brasileira, onde as perdas foram maiores na pandemia . No período de 2012 a 2020, o crescimento da renda individual dos adultos, a desigualdade e o bem-estar social nos anos são estimados de valores. Na base integrada PNADC-DIRPF, o índice de desigualdade de Gini varia pouco e o índice de bem-estar de Sen tende a acompanhar os principais movimentos da renda média, que cresce em 2013 e 2014, perde o que havia sido ganho em 2015 e 2016, recupera-se parcialmente até 2019 e volta a cair em 2020.

Palavras-chave: 1. Top Incomes; 2. Desigualdade de Renda; 3. Dados do Imposto de Renda; 4. Combinação de Bases de Dados.