FGV Social lança o posfácio (com dados até setembro de 2019) "Chegamos ao Topo da Desigualdade?" da pesquisa “A Escalada da Desigualdade - Qual foi o impacto da crise sobre a desigualdade, o crescimento e a pobreza?”
A pesquisa “A Escala da Desigualdade”, lançada em agosto de 2019, revelou que o Brasil vivia a alta mais demorada da desigualdade de renda do trabalho nas séries históricas. Foram 17 trimestres consecutivos de alta quando comparados ao mesmo período do ano anterior. A pesquisa já apontava que o aumento observado no último trimestre era o menor da série de aumento consecutivos demonstrando tendência a estabilização.
Complementando agora essas informações com últimos dados disponíveis (Julho a Setembro de 2019 comparados ao mesmo período do ano anterior) observamos aumento ainda menor da desigualdade medida pelo índice de Gini sugerindo que a mesma parece estar chegando ao topo. Mas será um resultado robusto? A desigualdade captada pelo índice de Theil-T passa de 0,8037 para 0,8048, alta de 0,138%. Neste interim a renda individual da metade mais pobre cai -2,38% enquanto a dos 10% mais ricos sobe 0,64%, uma diferença de 3 pontos de porcentagem. Se compararmos a evolução dos três primeiros trimestres de 2018 com 2019 a renda individual da metade mais pobre caiu -3,5% enquanto os 10% mais ricos subiu 0,97%, uma diferença de 4,47 pontos de porcentagem sugerindo desaceleração, mas ainda não superação, da alta da desigualdade.
Neste ano, o diretor do FGV Social avaliou (em 10 pontos) o 13º salário do Bolsa Família concedido pelo Governo Federal que pode também ser útil para debater a agenda social proposta pelo Congresso.
VISITE O SITE DA PESQUISA EM https://cps.fgv.br/desigualdade