Prêmio Nobel de Economia de 2021 é sobre relação causal no mundo real

13/10/2021

O prêmio Nobel de Economia de 2021 foi para o canadense David Card, o americano Joshua D. Angrist e o holandês Guido W. Imbens. Eles ganharam a premiação por suas pesquisas sobre mercado de trabalho e por inovações na metodologia das relações causais, ambas feitas a partir de experimentos naturais. Ou seja, a partir de situações da vida real.

Marcelo Neri, diretor do FGV Social, em seu artigo “Prêmio Nobel de Economia de 2021 é sobre relação causal no mundo real”, publicado no jornal O Estado de S. Paulo, lembrou que David Card foi seu orientador no doutorado: “Não conheço ninguém com mais capacidade de interpretar as implicações de dados socioeconômicos”, disse.

Para Neri, as contribuições dos economistas homenageados são de fundamental relevância para a condução e avaliação de políticas públicas. Ele explica que, diferente dos estudos que desenham políticas a partir de uma situação ideal, um experimento natural é feito a partir da adoção de uma prática no mundo que busca aprender quais foram os seus resultados, estabelecendo relações de causa e efeito: “Qualquer decisão que se toma, em qualquer nível de governo e sociedade civil, você quer saber quais as consequências diretas das decisões tomadas. O mérito que junta as três contribuições é eles fazerem isso em condições não ideais ao tirar partido de uma situação do mundo. Esse é o prêmio Nobel da causalidade, do mundo real na prática.”

Veja o artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo: https://www.cps.fgv.br/cps/bd/clippings/Nobel-Artigo-Estadao-12-10-2021.pdf 

Confira também a reportagem do jornal O Globo: https://www.cps.fgv.br/cps/bd/clippings/Nobel-Globo-13-10-2021.pdf
E o artigo escrito por Marcelo Neri para a "Revista Ciência Hoje" sobre Angus Deaton - Prêmio Nobel de Economia de 2015: https://cps.fgv.br/destaques/artigo-consumo-pobreza-e-bem-viver